A jogadora sofreu concussão cerebral (forte pancada na cabeça) e fraturou duas vértebras da coluna cervical durante a estreia no Pan, contra a República Dominicana, na noite de sábado. No segundo set, Jaqueline bateu a cabeça e o pescoço contra a cabeça da líbero Fabi, em lance normal.
Agora, Jaqueline ficará pelo menos seis semanas com um colar cervical e estará sob observação. Cortada da competição no México, não deve viajar para o Brasil antes de quarta-feira.
A jogadora foi atendida logo após o choque com a companheira de time. "Ela chegou a ficar inconsciente por alguns instantes", disse o médico do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), João Grangeiro. "Mas ela logo voltou a ficar consciente, conversou conosco e fez todos os testes. A Jaqueline não tem qualquer comprometimento neurológico."
A atleta passou a noite no hospital Real San José, em Zapopan (região metropolitana de Guadalajara). Foi acompanhada por Julio Nardelli, médico da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Na manhã de ontem, recebeu a visita de Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, e recebeu alta à tarde, por volta das 17 horas de Brasília.
Outra frustração. Esta é a segunda vez que a participação de Jaqueline em um Pan é frustrada. Em 2007, no Pan do Rio, a ponteira do Sollys/Osasco foi cortada do torneio após positivo por doping. Agora, esperava usar a competição para retomar a condição de protagonista na seleção.
O ano não tem sido bom para a jogadora. Jaqueline começou a temporada em recuperação de uma cirurgia no joelho esquerdo, realizada em fevereiro. Conseguiu jogar as finais da Superliga, no fim de abril, mas admitiu que pensou em encerrar a carreira.
Em maio, Jaqueline pediu dispensa da seleção porque estava grávida, ela é casada com o jogador Murilo. Mas a atleta sofreu um aborto espontâneo pouco depois de comunicar a espera de seu primeiro filho.
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