Mais um recall assusta o consumidor!
Um achocolatado com detergente que causa queimadura na boca. Um pacote de salgadinho com rato dentro.
Esses são apenas dois dos mais escandalosos casos recentes de falhas no processo de produção das indústrias de alimentos e que colocam em risco saúde do consumidor.
Acostumado com recall de veículos, o consumidor brasileiro está começando a se habituar com um novo tipo de convocação: o de alimentos. De acordo com dados do Sistema de Acompanhamento de Recall da Fundação Procon-SP, foram requisitados mais de 11 milhões de alimentos e bebidas para recall desde 2004 (antes dessa data não há registro de recalls de alimentos).
As convocações aumentaram a partir de 2009 e, desde então, todos os anos registram ao menos um recall de alimento. Das 11.699.217 unidades de itens convocados, 11.472.572 (98%) foram recolhidos. “São 11 milhões de produtos que poderiam ter causado danos à saúde de milhões de pessoas. Como toda produção industrial em larga escala, as indústrias estão sujeitas a falhas e não existe garantia de 100% dos produtos saírem sem defeito”, diz Renan Ferraciolli, diretor de fiscalização do Procon-SP.
Apesar disso, alguns consumidores relatam que as fabricantes não assumem essas falhas de produção ou simplesmente ignoram as queixas. Foi o que aconteceu empresário Pedro Martin, de 71 anos. Ele costuma tomar um Toddynho por dia, pela manhã, para ajudar na ingestão de medicamentos. “Após começar a consumir as unidades de uma caixa nova, sofri com irritação constante da boca e meus lábios inferiores ficaram entumecidos e feridos.”
O empresário contatou a fabricante, a Pepsico, e enviou uma unidade para ser analisada. “Como não recebi resposta sobre o resultado do teste, mandei outras unidades do Toddynho para um laboratório particular.” Os resultados ainda não saíram.
Além dos casos de recall, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem interditado lotes de produtos, como no caso do de açúcar cristal das marcas Bratti e Estrela neste ano – foram encontrados fragmentos metálicos em suas composições.
De acordo com Angela Castro, gerente de inspeção da Anvisa, o consumidor deve sempre denunciar os casos à vigilância sanitária. “Precisamos da ajuda dos consumidores para que a fiscalização vá direto nos produtos irregulares. É importante que a vítima guarde o produto. Algumas pessoas jogam fora o produto, atrapalhado o processo de investigação.”
Ela recomenda que o consumidor denuncie mesmo quando o problema não é diretamente com produtos industrializados, mas com itens oferecidos em restaurantes e lanchonetes, por exemplo. “O consumidor tem de denunciar locais que entreguem ao cliente alimentos contaminados ou com problemas sanitários.”
Caso pontual
Há casos pontuais que não necessitam de recall ou interdição, já que não afetaram lotes inteiros. Foi o que aconteceu com o advogado Marcel Carlos da Silva, de 38 anos.
Ele deixou de consumir a farofa de milho da marca Yoki após um jantar em família, no último dia 3 de agosto. Ao colocar uma pequena porção em seu prato, um pedaço escurecido saiu do pacote. “Pensei se tratar de um bacon, tanto que logo depois servi uma porção à minha esposa. Dei uma garfada, ela estava prestes à dar sua segunda quando percebi que o bacon era, na verdade, uma enorme barata.”
Ele promete ir à Justiça em busca de reparação. A empresa pediu para recolher o produto, mas Silva se recusou a entregá-lo. “É a minha prova. Vou encaminhá-la para análise e pedirei reparação por danos materiais morais.”
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Barata é achada em farofa da Yoki
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superlinksteste
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10:34
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