Mulher segura sente-se à vontade para brincar e ousar. E o que pode atrapalhar a transa? O medo. A sexóloga Laura Muller, ensina como lidar com os temores em cada fase.
Sexo não é só técnica, é emoção. Por isso, quando ficamos inseguras, a vida a dois balança. Sentir medo é natural, e ele até nos protege de alguns riscos, mas também pode nos paralisar. Daí a necessidade de encará-lo. Existem dois temores que acompanham as mulheres durante toda a vida erótica ou grande parte dela: o de se contaminar com alguma doença sexualmente transmissível e o de engravidar fora de hora. Para o primeiro, o “remédio” é simples: use camisinha em todas as transas, no sexo oral, anal e na penetração vaginal. Já a insegurança em relação a uma gravidez indesejada acompanha a mulher até a menopausa. Adolescentes chegam a abusar da pílula do dia seguinte, indicada apenas para emergências (quando a camisinha se rompe ou ocorre sexo sem consentimento, por exemplo). Para se prevenir, o caminho certo é ir ao ginecologista uma vez ao ano e decidir com ele qual o método mais adequado para você. Quando conseguimos resolver questões como essas e lidar com a insegurança, ficamos mais preparadas para as mil delícias de nossa sexualidade.dade.
Aos 20, os temores são...
Não agradar
Encantar o parceiro parece prioritário quando a gente acabou de sair da adolescência. Tudo ainda é muito novo: o sexo, os ficantes, namorados, o jeito de ser mulher, de lidar com os sentimentos. A ideia central costuma ser dar prazer ao outro. Por isso, o receio de não satisfazer o homem leva a mulher a topar coisas que muitas vezes não está nem um pouco a fim. Sexo a três é um exemplo. Relação anal, para muitas delas, é outro.
“Existe muita pressão em cima das garotas: você tem de ser sarada, gostosa e topar tudo. Dá insegurança, claro! Fico meio sem graça de tirar a roupa na primeira vez que vou para a cama com um garoto porque não sou modelo, sou normal. Também encano se ele pede para começar com sexo oral”.
TATIANA, 22 ANOS, SECRETÁRIA, SOLTEIRA
Conselho de Laura
“Desista de agradar ao outro a toda hora. É uma me ta fora da realidade, inalcançável. Agradar quando for possível talvez já seja o bastante”.
Não ser perfeita
“Nesta primeira década da vida adulta, a busca pela perfeição atinge vários aspectos, como o trabalho, a aparência etc. Na cama, isso inclui variar posições, manter o desejo em alta, dar e sentir prazer. E se alguma coisa falhar? Se faltar tesão, se você não curtir a penetração ou o sexo oral? Socorro! Dá medo. De quê? De que aquela fantasia, cultivada desde a adolescência, da transa perfeita, maravilhosa e ideal comece a desmoronar”.
“Ainda sou virgem aos 25 anos porque fico esperando o momento ideal. Acho que tem de ser com um namorado – não ficante – e idealizo a situação, com a luz, a música, tudo. Minhas exigências diminuíram porque amadureci. Mas ainda espero alguém que me abrace depois e me ligue no dia seguinte”.
TEREZA, 25 ANOS, PESQUISADORA, SOLTEIRA
Conselho de Laura
“Deixe, sim, que os ideais desmoronem. Nada é perfeito. Essa busca da perfeição é insana e sempre será insatisfatória. Renuncie já a ela. Você verá que, assim, as coisas ficam mais leves. E bem mais gostosas!”
Aos 30, os temores são...
Não ter orgasmo
“Já faz um tempo que o fato de a mulher atingir ou não o clímax é motivo de dor de cabeça entre casais. Cerca de 30% das mulheres têm dificuldade para chegar lá. Vêm de supetão as perguntas do parceiro: “Você gozou? Por que não? Qual o problema?” E a mulher se pergunta: “Será que eu tenho defeito?” Com isso, cresce a insegurança. Fingir é péssima escolha: assim se perde a oportunidade de encontrar o caminho para virar o jogo”.
“É muito frustrante transar sem ter orgasmo. Você se prepara, investe na relação, na lingerie, depilação, no perfume, e seu desejo morre na praia. Acontece mais nas primeiras vezes com um novo parceiro. Fico insegura de dar errado, de não agradar, não ficar satisfeita e, então, dou uma travada”.
PAULA, 37 ANOS, FUNCIONÁRIA PÚBLICA, SEPARADA
Conselho de Laura
“Procure se conhecer melhor. Orgasmo é questão de aprendizado e descoberta. E busque a ajuda de um psicólogo se quiser aprofundar as questões emocionais que podem estar impedindo o seu prazer”.
Ser trocada
Entre os 30 e 40 anos, o temor de perder o parceiro para uma mulher mais jovem pode deixar você insegura e comprometer sua espontaneidade na cama. É preciso entender, porém, que a vida passa e, se tudo correr bem, a gente chega à velhice. Sim, há mudanças corporais e também emocionais. Mas quem não aceita nem valoriza esta etapa pode se sentir ameaçada e acabar fantasiando esse abandono por causa de uma jovem.
“Meu namorado é oito anos mais novo do que eu, e isso sempre foi um problema para mim. Morro de medo de ele encontrar uma garota com o frescor que eu tinha, os planos e o pique para a balada que não possuo mais. Entrei para a academia de luta, faço pilates, corro e até comecei a mentir a idade”.
ISABEL, 35 ANOS, BIÓLOGA, SOLTEIRA
Conselho de Laura
“Cabe a cada mulher valorizar seu corpo e sua história. Mesmo que você veja em todo canto homens de 40 (ou mais) com mulheres de 20 anos (ou menos!), pergunte a si mesma: “Será que esse é o homem que eu quero?” Ou seria melhor estar ao lado de alguém que combinasse, de fato, com você?”
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Como ter sexo perfeito em qualquer idade, por Laura Muller
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