segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Cientistas registram em vídeo 3D, como age o cérebro feminino durante o orgasmo

Pela primeira vez na história da ciência, pesquisadores da Universidade Rutgers, em Nova Jersey (Estados Unidos), usaram uma sequência de imagens do cérebro para criar um filme 3D da mente feminina durante os processos de começo, meio e fim de um orgasmo.

Segundo informações dos sites Time e The Guardian, para fazer a animação, os cientistas monitoraram o cérebro de Nan Wise, uma estudante de PhD e terapeuta sexual no laboratório médico da Rutgers

Nan Wise tem 54 anos, foi submetida a um exame de ressonância magnética e, dentro do aparelho, se estimulou sexualmente para dar início aos testes.

O filme, apresentado na Conferência da Sociedade de Neurociência (Washington), mostra mudanças de atividade em 80 regiões distintas do cérebro, através de fotografias tiradas a cada dois segundos.

Para diferenciar as reações, foi utilizada uma tecnologia baseada em uma escala de cores que começa no vermelho escuro, alcança o laranja, passa pelo amarelo e termina no branco. As tonalidades correspondem a diferentes níveis de oxigênio no sangue - cores mais claras significam mais O2 -, indicando quais partes do cérebro são/estão mais ativas.

"O objetivo geral desta pesquisa é entender como o orgasmo se acumula a partir da estimulação genital e quais partes do cérebro se movimentam mais, para finalmente chegar ao clímax sexual, além de estudar a conectividade do aparelho cerebral", explica o professor Barry Komisaruk, da Universidade Rutgers.

Na animação, a primeira atividade acumula-se em regiões sensoriais do cérebro que mapeiam os órgãos genitais. Depois, se espalha para o sistema límbico, que contém uma coleção de estruturas cerebrais diretamente envolvidas em todos os tipos de emoção e memória a longo prazo - incluindo lembranças envolvidas em fantasias ou experiências sexuais.

Quando a mulher alcança o clímax, as atividades são direcionadas para duas partes do cérebro: o cerebelo e o córtex frontal. Durante o orgasmo, os movimentos liberam uma substância química que provoca sensações de prazer e estimula o útero a se contrair. Há também picos de atividade no "núcleo accumbens", uma área ligada à recompensa e ao prazer. Após o orgasmo, todas essas regiões se acalmam gradualmente.

Com esse estudo, os pesquisadores visam entender como o cérebro realiza a sincronização de atividades que levam ao clímax sexual em uma mulher. Além disso, a equipe de cientistas espera descobrir possíveis problemas de pessoas - incluindo homens - que não conseguem atingir o orgasmo durante o sexo.

Em uma nova técnica também desenvolvida por Komisaruk e sua equipe, as pessoas dentro do scanner de ressonância poderão ver a própria atividade cerebral em uma tela, quase que instantaneamente. Dessa forma, os usuários podem alterar os movimentos do cérebro, o que vai permitir o tratamento de distúrbios como ansiedade, depressão, dor e até mesmo fatores ligados a vícios.

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